Três profissionais do corpo clínico do Cecon, unidade capixaba do Grupo Oncoclínicas, participaram do Encontro Anual da ASCO, realizado em Chicago, nos Estados Unidos

Os principais nomes da oncologia no mundo estiveram reunidos em Chicago, nos Estados Unidos, na última semana, durante o ASCO – Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica. Três médicos do Centro Capixaba de Oncologia (Cecon), unidade capixaba do Grupo Oncoclínicas, participaram do evento, encerrado no dia 5, e acompanharam uma série de apresentações, pesquisas inéditas e debates sobre as formas como especialistas de diferentes países podem transformar os principais avanços científicos e tecnológicos recentes em realidade para o tratamento do câncer.

O mastologista e oncologista Roberto de Oliveira Lima e os oncologistas clínicos Gláucio Bertollo e Caroline Secatto foram os representantes do Cecon no evento, dentre os diversos especialistas do Grupo Oncoclínicas no Brasil presentes. Neste ano, o congresso teve como tema “Entregando Descobertas: Ampliando o Alcance da Medicina de Precisão”.

Segundo o oncologista clínico Gláucio Bertollo, o foco central das discussões foi a importância das análises genéticas para a definição das melhores terapêuticas. “Vimos como a oncologia tem caminhado cada vez mais para tratamentos personalizados para cada paciente. Antes, se tratavam vários pacientes com uma mesma terapia, sendo que nem todos tinham bons resultados. Hoje, sabemos que tumores semelhantes têm defeitos genéticos diferentes e, com a medicina de precisão, podemos encontrar as armas certas para atuar no combate ao câncer, aumentando a probabilidade de acertar o tratamento”.

Dentro desse conceito, um dos painéis mais impactantes da ASCO ocorreu durante a sessão plenária que revelou um avanço significativo para pacientes diagnosticados com câncer de mama. Nomeado como TAILORx, fase III, o estudo mostrou que para determinados tipos de tumores em estágio inicial a quimioterapia não é necessária após a cirurgia em grande parte dos casos. A indicação dos médicos é que mulheres, a partir de um exame genético, poderão ser tratadas com terapia hormonal, mais amena e com menos efeitos colaterais.

De acordo com os autores, metade de todos os cânceres de mama são positivos para HR, negativos para HER2 e negativos para linfonodos axilares. O ensaio mostrou que a quimioterapia pode ser evitada em cerca de 70% dessas mulheres quando seu uso é guiado por uma análise de 21 genes do tumor (Oncotype DX® Breast Recurrence Score).

O resultado é um dos mais importantes para o segmento de câncer de mama, tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos novos casos registrados no país a cada ano.

Exame de sangue pode detectar câncer de pulmão precocemente

Outro painel bastante impactante foi liderado por pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute. A apresentação abordou um estudo baseado em um sofisticado exame de sangue capaz de identificar a presença de fragmentos de DNA do tumor de pulmão em fase inicial na corrente sanguínea.

Intitulado “Sequenciamento do Genoma Geral para Detecção do Câncer de Pulmão em Estágio Precoce de DNA Livre de Células Plasmáticas (cfDNA): O Atlas do Genoma do Câncer Circulante (CCGA)”, o ensaio revelou que a identificação do tumor pode ocorrer a partir de um exame de sangue, usando o sequenciamento do genoma.

“O que vimos no ASCO representa um grande avanço na detecção precoce do câncer de pulmão, já que não será mais necessário retirar pedaços do tumor para realização de biópsias, mas poderemos usar o exame de sangue para identificar os fragmentos de DNA”, comentou o oncologista clínico Gláucio Bertollo.

Novos protocolos

A ASCO 2018 trouxe informações significativas para o avanço no tratamento do Mieloma Múltiplo, câncer sanguíneo que afeta a medula óssea. Alguns estudos expostos no Congresso indicaram que certas doses de medicamentos aumentadas com segurança podem proporcionar uma excelente resposta para os pacientes.

Esse tipo de câncer – que recebeu o aporte de cerca de oito drogas nos últimos anos capazes de modificar completamente o tratamento, a sobrevida do paciente e o controle da doença – não contava com um protocolo estabelecido.

Foram divulgadas ainda algumas análises relacionadas à melhora na qualidade de vida dos pacientes. Entre os destaques, um estudo apontou resultados animadores a partir do o uso da testosterona para pacientes com câncer de rim – um tipo de tumor que afeta 150 mil pessoas no mundo, em sua maioria homens na faixa etária de 50 aos 70 anos.

Benefícios da Imunoterapia

A imunoterapia tem sido um dos temas mais abordados por médicos e especialistas nos últimos anos. Nesse tipo de tratamento, o objetivo é fazer com que as células do sistema imune identifiquem as células tumorais, reconhecendo-as como elementos estranhos e acabe por destruí-las.

Duas sessões educacionais da ASCO revelaram um cenário promissor em relação ao uso da imunoterapia para o tratamento de pacientes com tumor de bexiga localizado, em estágio avançado, e de indivíduos diagnosticados com câncer de rim metastático. A  partir do conhecimento mais aprofundado da biologia do tumor e com análise da medicina mais personalizada, é possível oferecer para cada paciente, de forma individualiza, novas práticas terapêuticas, medicamentos e novas opções a fim de tornar o tratamento mais assertivo.

Sobre o Grupo Oncoclínicas
Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com mais de 60 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente.
Seu corpo clínico é composto por mais de 450 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes. O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado a Harvard Medical School, em Boston, EUA.
Para obter mais informações, visite www.grupooncoclinicas.com.