Brasileiras ainda desconhecem fatores de risco e sinais de tumores que podem afetar o colo de útero, ovário, vagina, vulva e endométrio

De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), os cânceres ginecológicos são responsáveis por 19% dos diagnósticos de câncer no mundo a cada ano. Apesar da elevada incidência, poucos conhecem – e previnem – esses tipos de tumores femininos ligados ao colo de útero, ovário, vagina, vulva e endométrio.

“O diagnóstico precoce pode salvar vidas. Por isso é importante realizar periodicamente os exames ginecológicos e, se sentir algum incômodo em algum órgão, como útero ou ovário, a paciente deve procurar prontamente a ginecologista”, explica a oncologista Fernanda Cesar, do Centro Capixaba de Oncologia (Cecon), unidade capixaba do Grupo Oncoclínicas.

Para o cirurgião oncológico do Cecon, Dr. Luiz Augusto Fagundes, a falta de conhecimento faz com que sinais iniciais da doença sejam ignorados, contribuindo para identificação tardia do câncer em órgãos femininos.

Confira abaixo algumas informações essenciais sobre os diferentes cânceres ginecológicos:

Fique atenta aos sinais

Os sintomas do câncer de ovário são discretos e demoram a se manifestar. Por isso, na maioria dos casos, é diagnosticado tardiamente, quando a doença já se espalhou pelo aparelho reprodutor, dificultando o tratamento. Quando aparentes, pode ocorrer um aumento do volume abdominal, aumento na vontade de urinar, alterações no ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, entre outros. “Muitos sintomas, quando aparentes, são parecidos com os desconfortos do dia a dia da mulher e, na maioria dos casos, são deixados de lado. Caso perceba qualquer alteração, é recomendado que a mulher procure um especialista”, comenta a Dra. Fernanda.

Mioma e o anticoncepcional

Também ao contrário do que muitas mulheres imaginam, o mioma não é maligno e o uso de contraceptivos é benéfico à saúde do útero. “O mioma é um tumor benigno que pode surgir no útero e não aumenta o risco de câncer. Além disso, o uso de anticoncepcional diminui o risco desse tipo de câncer. Aliás, o que diminui o risco de câncer de endométrio são dieta e exercícios físicos, uso de anticoncepcional e amamentação”, destaca a Dra. Fernanda.

Hereditariedade        

Apenas 10% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditára – causados por uma mutação em certos genes, herdada de pai ou mãe, que pode aumentar o risco de surgimento do tumor. “Em situações especiais, quando avó e mãe apresentaram tumores de ovário é possível realizar exames específicos de análise genética”, pontua Dr. Luiz Augusto Fagundes. Caso seja comprovado a suspeita, é possível indicar medidas como a cirurgia preventiva de retirada dos ovários, mas, ainda assim, esta é uma decisão que deve ser tomada de forma conjunta por paciente e médico.

Vacina do HPV e preservativo como forma de proteção 

O HPV é apontado como o principal fator relacionado ao câncer do colo uterino, de vagina e de vulva. “Quando tomamos conhecimento do agente causador do câncer do colo de útero, os dados são alarmantes, pois 90% das mulheres acometidas com câncer de colo do útero têm o vírus HPV”, comenta Dra. Fernanda Cesar.

Tipos de câncer de útero

Muitas mulheres desconhecem que existem dois tipos de câncer que podem surgir no útero: o de endométrio (camada interna do útero) e o de colo de útero (porção mais inferior do útero). “Apesar de surgirem no mesmo órgão, são tumores totalmente diferentes. O câncer de colo de útero está muito relacionado à infecção por HPV, já o câncer de endométrio tem relação com hormônio feminino”, finaliza Dra. Fernanda. O diagnóstico preciso é feito por meio da biópsia.

Sobre o Grupo Oncoclínicas

Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com mais de 60 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente.

Seu corpo clínico é composto por mais de 450 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes.

O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado a Harvard Medical School, em Boston, EUA.

Para obter mais informações, visite www.grupooncoclinicas.com.