A Oncologista Dra. Juliana Alvarenga do Centro Capixaba de Oncologia (Cecon) alerta a importância da realização de exames periódicos para a prevenção

Nesta sexta-feira (21) é celebrado o Dia Mundial de Combate ao câncer de rim, um tipo de câncer raro que afeta duas vezes mais os homens em relação às mulheres. Ele costuma ser detectado por acaso, em exames de rotina, já que os sintomas iniciais são silenciosos e ainda não existe um exame específico para o diagnóstico. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), esse tipo de câncer pode ser considerado relativamente incomum, atingindo cerca de 150 mil pessoas no mundo, em sua maioria homens na faixa etária de 50 aos 70 anos. No Brasil, a incidência estimada é de 7 a 10 casos para cada 100 mil habitantes.

Apesar da baixa incidência, pesquisa do Globocan, um projeto da OMS, indica que a cada dois pacientes diagnosticados com tumores renais, um acaba morrendo. Em grande parte, a razão principal dos altos índices de morte se deve à descoberta tardia da doença.

De acordo com Dra. Juliana Alvarenga, o câncer de rim costuma apresentar poucos sintomas e, muitas vezes, seu diagnóstico é feito como um achado ocasional em exames de imagem realizados por outras razões.

Ela destaca que um pequeno número de pacientes tem massa abdominal palpável, dor e presença de sangue na urina. Outros sintomas tais como, falta de ar, emagrecimento e dores ósseas podem ser consequência das metástases da doença. “A confirmação do diagnóstico só é possível após a análise do especialista que muitas vezes ocorre após abordagem cirúrgica da lesão ou biópsia de alguma metástase”, ressalta o Dr. Andrey Soares.

A Dra. Juliana alerta sobre a importância dos exames periódicos como forma de prevenção do câncer. “Para evitar o tumor ou ter uma eficácia no tratamento, é importante a realização de exames periódicos como de sangue ou de urina e ter hábitos saudáveis, como uma boa alimentação e práticas diárias de exercícios físicos”, ressaltou a oncologista.

Câncer renal e seus tipos

Há 5 diferentes tipos de câncer renal, sendo eles:

Carcinoma Renal de Células Claras: conhecido com RCC (Renal Cell Carcinoma) é o mais comum, ocorrendo em 70% a 90% dos casos. Ele tem origem no tubo responsável por filtrar as purezas do sangue.

Carcinoma Papilar: Menos comum, este câncer atinge cerca de 10% a 15% dos casos. É um tipo agressivo que pode causar metástase. Costuma causar obstrução das vias urinárias, gerando dor. Existe o carcinoma papilar tipo 1 e o tipo 2.

Carcinoma Renal Cromófobo: Ocorre em cerca 5% dos casos e é considerado um dos menos agressivos.

Ductos Coletores: Tipo de câncer extremamente raro que afeta uma estrutura do rim chamado Tubo de Bellini.

Sarcomatóides: Em geral ocorre em concomitância aos outros tipos, principalmente ao carcinoma de células claras, sendo um componente do mesmo e com características mais agressivas.

Causas e tratamento

O câncer renal tem causas variadas como tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, insuficiência renal terminal e histórico familiar, bem como algumas síndromes clínicas raras, presença de doença renal cística adquirida, uso prolongado de analgésicos não esteroides, e exposição ocupacional a alguns agentes como cádmio e derivados de petróleo, entre outros.

Em estágio inicial, o tratamento é feito por meio de cirurgia e ainda há chance de cura. Porém, devido à dificuldade de detecção, muitos pacientes são diagnosticados já em estágio avançado, podendo até apresentar metástase, ou seja, a extensão do tumor para outros órgãos. “Nesses casos, o tratamento costuma ser feito com medicações, que tem o objetivo de frear o avanço da doença e promover uma melhor qualidade de vida”, avalia o médico.

Sobre o Grupo Oncoclínicas

Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com mais de 60 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente.

Seu corpo clínico é composto por mais de 450 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes.

O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado a Harvard Medical School, em Boston, EUA.

Para obter mais informações, visite www.grupooncoclinicas.com.