Das 1.237 pessoas que compõem o quadro de funcionários do HEVV, mil são mulheres. Elas representam 80,8% do efetivo e atuam em diversas áreas da instituição

De recepcionista a gestora da Maternidade Municipal de Cariacica (unidade vinculada ao Hospital Evangélico de Vila Velha  – HEVV), a administradora Ingrid Bautz faz parte do quadro da instituição, onde as mulheres representam 80% do efetivo. A conquista de Ingrid é fruto de muita dedicação: ela deixou a família em Afonso Claudio para estudar e trabalhar na Grande Vitória. “Saí de casa aos 16 anos para morar com uma tia. Trabalhava de dia para ajudar nas contas e estudava à noite. Foi um período bem cansativo”.

A difícil rotina valeu a pena. Ingrid foi a primeira pessoa da família a concluir um curso superior e a graduação proporcionou outras conquistas profissionais. Ao longo dos 30 anos de dedicação ao hospital, a administradora atuou nas funções de recepcionista e secretária da Superintendência, além de ter passado por outros setores da unidade. “Me formei aos 40 anos e nunca imaginei que fosse conseguir chegar até aqui. Sinto orgulho da minha história porque não foi fácil”, conta.

Liderando uma equipe de 100 pessoas, Ingrid já descobriu a chave para o sucesso. “Desistir nunca fez parte da minha vida. Se começo algo, tento manter o empenho para concluir”, finaliza. Ela é uma das muitas mulheres que atuam no HEVV, hospital que também é gerido por uma mulher: a superintendente Sirlene Motta de Carvalho.

A história de Ingrid soma-se à da assistente administrativo do HEVV, Mara Lucia Cavalcanti Villa, para quem trabalhar em um ambiente liderado por mulheres faz toda a diferença. “O Hospital Evangélico é uma instituição que nos abraça e oferece oportunidades. A mulher ganhou espaço para competir, trabalhar e conquistar os direitos. Nós temos quase 80% do quadro de colaboradores formado por mulheres, o que demonstra que a instituição está de braços abertos para nós”, reflete.

Mãe de três filhos e avó de cinco netos, a assistente se aposentou há sete anos e optou por continuar trabalhando no hospital, onde atua há 37 anos. História profissional e pessoal que se entrelaçam. “O nascimento dos meus filhos foi aqui no Hospital Evangélico de Vila Velha. Isso foi muito marcante e criamos um vínculo ainda maior”, conta ela.

E para quem está iniciando a carreira profissional, Mara aconselha: “Que as pessoas possam chegar ao mercado de trabalho com mais garra. Temos que encontrar um motivo e um foco para lutar. Nós, mulheres, somos heroínas e não podemos nos acomodar. Problemas e empecilhos vão existir no caminho, mas o segredo é não desistir”.