A coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do HEVV afirma que os cuidados com a higiene devem ser redobrados, principalmente com as mãos

O crescimento no número de casos do novo coronavírus no Brasil e a recente classificação da doença – Covid-19 – como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) têm preocupado a população. De acordo com a coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), Drª Gláucia Ferraz, há um grupo que necessita de atenção redobrada por ter imunidade mais frágil.

“Além dos idosos, os pacientes que têm doenças crônicas ou que são portadores de imunossupressão, aqueles que estão em tratamento renal ou oncológico, por exemplo, fazem parte do grupo considerado de risco. Se contraírem o coronavírus, eles podem desenvolver formas mais graves da infecção”, explica Drª Gláucia Ferraz. Em geral, esses pacientes já são mais cuidadosos com relação aos riscos de infecção, justamente por estarem mais suscetíveis, e devem manter ainda mais a precaução.

A médica alerta que a chance de contaminação pelo vírus é a mesma para todos, não apenas para pacientes portadores de imunossupressão. “Os cuidados são fundamentais neste momento. Higienizar as mãos é o principal, sobretudo quando tocar superfícies potencialmente contaminadas. A orientação é lavar as mãos com água e sabão utilizando a técnica correta, produzindo bastante espuma. Na ausência de sujidade visível, podemos usar o álcool em gel ou álcool 70% nas mãos”, enfatiza a coordenadora.

Além disso, outras medidas são essenciais para evitar a transmissão e contaminação: proteger o nariz e a boca com o cotovelo ao espirrar e tossir; não tocar as mucosas dos olhos, nariz e boca com as mãos sujas; evitar aglomerações; manter a distância mínima de um metro das pessoas que apresentam sintomas respiratórios; e não compartilhar objetos pessoais com as pessoas sintomáticas, tais como talheres, copos, escova de dentes e toalha, entre outros.

Reforço na prevenção

Em virtude do cenário nacional de pandemia do coronavírus, o Hospital Evangélico de Vila Velha definiu como medidas de precaução imediatas:

  • Priorizar o atendimento a pacientes com sintomas de gripe no Pronto Socorro;
  • Distribuir máscara cirúrgica de imediato aos pacientes com sintomas de gripe;
  • Restringir o número de visitantes por paciente
  • Reduzir o horário de visita;
  • Orientar os acompanhantes e visitantes sobre as medidas de proteção;
  • Reorientar e treinar os funcionários no seu local de trabalho pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – SCIH;
  • Suspender as atividades dos voluntários de todas as áreas, dos estagiários curriculares e dos aprendizes;
  • Suspender eventos de datas comemorativas promovidos pelas unidades hospitalares e a participação de funcionários em eventos, congressos e treinamentos fora da Grande Vitória;
  • Criar o Comitê de Crise com fim específico de planejar as ações estratégicas para atuação durante a pandemia.

Sobre o Hospital Evangélico

Fundado em 1972, a história do Hospital Evangélico de Vila Velha começa anos antes, em 1956, quando começou a ser idealizado pelas igrejas Batista, Cristã Evangélica Casa de Oração, Evangélica de Confissão Luterana, Metodista, Presbiteriana do Brasil e Presbiteriana Unida, que compõem a Aebes. A unidade conta com uma equipe multidisciplinar e é referência em urgência e emergência cardiovascular e habilitado em média e alta complexidades nas especialidades: Cardiovascular, Neurocirurgia, Bariátrica, Oftalmologia, Oncologia e transplantes de rim, córnea, coração, ossos e tecidos. O Hospital Evangélico de Vila Velha é o único hospital filantrópico capixaba que conquistou a classificação máxima em gestão hospitalar: a certificação de excelência ONA nível 3, além da ISO 9001:2015.