A especialista do Hospital Evangélico de Vila Velha esclarece que o tabagismo, associado às comorbidades do paciente, pode agravar sintomas da Covid-19

Mais de 7 milhões de pessoas morrem no mundo anualmente devido ao uso direto do tabaco, planta utilizada na confecção de produtos com substâncias à base de nicotina. É o que apontam os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que reforçam um alerta à sociedade no Dia Mundial sem Tabaco, celebrado neste domingo (31).

Doutora Kristiane Rocha Moreira Soneghet esclarece sobre tabagismo.

A preocupação, segundo a pneumologista do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), Kristiane Rocha Moreira Soneghet, vai muito além dos problemas pulmonares que o tabagismo, doença crônica causada pela dependência à nicotina, pode provocar. “Está relacionado em até 90% dos casos de câncer de pulmão e é um fator de risco para doenças como infarto, acidente vascular cerebral, Alzheimer, diabetes e demais tipos de câncer, como de boca, esôfago, bexiga, fígado e colo do útero”.

Com a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), o alerta é ainda maior para os fumantes. “O tabaco causa diferentes tipos de inflamação, principalmente na via aérea, e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. As comorbidades, somadas ao tabagismo, podem agravar os sintomas provocados pela Covid-19”, aponta a especialista.

A médica ainda orienta que é fundamental prosseguir com o tratamento e acompanhamento médico das doenças pulmonares, mesmo diante de um período atípico na saúde mundial. “O paciente tabagista deve passar por uma avaliação clínica periódica para investigar sinais e sintomas das doenças acarretadas pelo hábito do tabagismo. Nem todos os pacientes serão acometidos de forma igual e ao mesmo tempo. Devemos considerar a exposição, carga de cigarros e também fatores individuais, como as questões genéticas”.

O pulmão é considerado saudável quando possui uma capacidade compatível com a idade, peso e sexo do paciente, fatores avaliados durante testes de função. Para manter a saúde pulmonar em dia, algumas práticas são valiosas. “Não fumar, praticar atividades físicas, ter uma alimentação saudável e evitar o sobrepeso e a obesidade. Caso seja portador de alguma doença respiratória, incluindo rinite e sinusite, use as medicações corretamente e de forma regular”, esclarece dra. Kristiane.

Sobre o Hospital Evangélico

Fundado em 1972, a história do Hospital Evangélico de Vila Velha começa anos antes, em 1956, quando começou a ser idealizado pelas igrejas Batista, Cristã Evangélica Casa de Oração, Evangélica de Confissão Luterana, Metodista, Presbiteriana do Brasil e Presbiteriana Unida, que compõem a Aebes. A unidade conta com uma equipe multidisciplinar e é referência em urgência e emergência cardiovascular e habilitado em média e alta complexidades nas especialidades: Cardiovascular, Neurocirurgia, Bariátrica, Oftalmologia, Oncologia e transplantes de rim, córnea, coração, ossos e tecidos. O Hospital Evangélico de Vila Velha é o único hospital filantrópico capixaba que conquistou a classificação máxima em gestão hospitalar: a certificação de excelência ONA nível 3, além da ISO 9001:2015.