A infecção crônica no fígado, causada pelos vírus B e C, pode fazer a doença evoluir para cirrose e também para câncer

As hepatites B e C são as principais causas de quase metade dos casos de câncer de fígado no mundo: são cerca de 800 mil casos novos todos os anos. A relação entre essas hepatites virais e o câncer é o que torna esse alerta importante. Por conta disso, maio é um mês dedicado à prevenção das hepatites, com a campanha Maio Vermelho.

De acordo com a oncologista da Oncoclínicas Espírito Santo, Fernanda Cesar Oliveira, as hepatites virais B e C são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de um dos tipos de câncer de fígado, o hepatocarcinoma. “A infecção crônica no fígado, causada pelos vírus B e C, pode fazer a doença evoluir para cirrose e também para câncer. Existem outras causas de cirrose e câncer de fígado, mas os vírus B e C são as mais comuns”, comenta a médica.

A oncologista alerta, ainda, que o hepatocarcinoma é um dos cânceres mais incidentes no mundo, com aproximadamente 560.000 novos casos diagnosticados a cada ano, sendo que 80% estão relacionados aos vírus da hepatite B e C.

“A transmissão dos vírus B e C da hepatite podem acontecer por contato com sangue por meio de objetos cortantes ou perfurantes, o compartilhamento de seringas, aparelhos de barbear e alicates de unha, entre outros. Isso também acontece em decorrência das relações sexuais sem proteção e da transmissão da mãe para o feto, seja durante a gestação, na hora do parto ou na amamentação”, explica Fernanda Cesar.

Vale lembrar ainda que a maioria das pessoas não apresenta sinais e sintomas nos estágios iniciais do câncer primário de fígado. Quando eles estão presentes, podem se manifestar das seguintes maneiras: emagrecimento sem causa identificável; perda do apetite; dor na parte superior do abdômen; náusea e vômito; sensação de fraqueza e fadiga; inchaço abdominal (ascite); presença de massa abdominal; surgimento de icterícia, que é caracterizada pela coloração amarelada da pele e no interior dos olhos; e fezes brancas e com aparência de giz.

Tratamento

 

Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com o paciente as opções de tratamento. Dependendo do estágio da doença e outros fatores, as principais opções para pessoas com câncer de fígado podem incluir: cirurgia, ablação, embolização, radioterapia, terapia-alvo, imunoterapia e quimioterapia. Em muitos casos, mais do que um desses tratamentos ou uma combinação deles podem ser utilizados.

Prevenção

 

Para prevenir qualquer tipo de câncer, é importante evitar seus fatores de risco. No caso do câncer de fígado, é importante ser vacinado contra a hepatite B, prevenir-se contra a hepatite C (utilizando preservativos nas relações sexuais, não compartilhando objetos perfurocortantes, como agulhas, tendo cuidado com as medidas de higiene e esterilização em manicures e tatuadores) e evitar fatores que possam desencadear a cirrose, como o consumo exagerado de álcool e o excesso de peso.

Além da hepatite B e C, outros fatores que podem desencadear o câncer de fígado são:

  • Cirrose (inflamação crônica no fígado);
  • Algumas doenças hepáticas hereditárias, como hemocromatose (acúmulo de ferro no organismo) e doença de Wilson (acúmulo de cobre no organismo);
  • Diabetes;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), que causa acúmulo de gordura no fígado;
  • Exposição a aflatoxinas (venenos produzidos por fungos que crescem em determinados alimentos quando não são armazenados corretamente e ficam expostos à umidade, como alguns tipos de grãos e castanhas);
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

A Oncoclínicas – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.600 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 133 unidades em 35 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

 

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos no acesso ao tratamento oncológico, realizando mais de 500 mil procedimentos no último ano (2022). É parceira exclusiva na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MEDSIR, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.

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