Sátina Pimenta, coordenadora de Psicologia da
Estácio Vitória, destaca os desafios e cuidados a se tomar sobre a ansiedade
nas novas gerações
Em
tempos de estreia de “Divertida Mente 2”, novo filme da Pixar, onde diferentes
emoções de uma jovem adolescente nos são apresentadas em forma de personagens,
destaca-se a “Ansiedade”, que deveria proteger a protagonista Riley, mas acaba
intensificando preocupações e medos da menina. O longa aborda um tópico cada
vez mais frequente na saúde mental da sociedade, sobretudo, na geração Z, que é
a mais ansiosa, estressada e deprimida de todos os tempos, segundo pesquisa
realizada em dezembro de 2023 pela Vittude, referência no
desenvolvimento de programas de saúde mental para empresas.
Vivemos em um tempo cada vez mais tecnológico,
onde as pessoas estão conectadas praticamente 24 horas por dia e a saúde mental
se torna um elemento crucial neste contexto. A
psicóloga clínica e coordenadora do curso de Psicologia da Estácio Vitória,
Sátina Pimenta, alerta exatamente sobre os desafios enfrentados pelas novas
gerações, a importância de investimentos nesta área específica e ainda
desmistifica que ansiedade seja o grande vilão dos tempos modernos. “A ansiedade é um sentimento
primitivo, todos nós precisamos ter. Ela pode ser um sintoma, assim como ela
pode ser uma doença, que é a ansiedade generalizada que a gente fala. Mas é um
sentimento comum, não é um sentimento ruim. Só que no filme, no caso, a Riley,
ela é tomada pela ansiedade, mas depois essa ansiedade é controlada, que é o
saudável a se fazer”, explica Sátina.
Para a
especialista, é essencial compreender como os mais jovens tratam suas
frustrações em um mundo altamente competitivo e exposto. “Vivemos em um
contexto onde a tecnologia não é o problema em si, mas sim como a utilizamos. A
tecnologia pode ser uma aliada no cuidado da saúde mental, facilitando desde
terapias online até aplicativos de suporte emocional”, esclarece.
Ainda
segundo a psicóloga, a dificuldade das novas gerações em lidar com frustrações
pode vir em grande parte de potenciais comparações em um mundo virtual. “É uma
geração que, embora protegida, enfrenta pressões intensas para ser sempre o
melhor. Isso pode levar a comparações excessivas nas redes sociais, aumentando
a sensação de inadequação e frustração por não ser bom o bastante, não ser como
um famoso de tantos milhões de seguidores”.
A
psicóloga também aponta a necessidade de investimentos na qualidade do acesso à
saúde mental. “É fundamental garantir que todos tenham acesso a serviços
psicológicos adequados. Sem um mínimo de segurança econômica e emocional, não
podemos esperar um bom estado de saúde mental na população”, afirma Sátina,
que aproveita para informar sobre um serviço gratuito oferecido pela faculdade
Estácio de Sá de Vitória. “Na Estácio nós estamos promovendo as ações de
extensão pelos nossos universitários, então a comunidade capixaba pode receber
uma atenção com atividades de grupo e palestras, por exemplo. Ainda não
realizamos atendimentos clínicos, mas a psicologia não se limita à clínica
individualizada. Em um ano já faremos isso porque teremos turmas no 7° e 8°
períodos, que é quando os alunos começam a fazer clínica escola”, revela
Sátina.
Por
fim, a professora opina sobre como ajudar jovens a serem mais fortes e felizes
emocionalmente. “Pensar na felicidade desta geração é pensar no movimento
constante de mudanças e recomeços. Eles estão sempre iniciando coisas novas
para sentir coisas novas. Isso é bacana, pois diferente de outras gerações,
eles são desbravadores, mas também é preocupante, pois não sentem nada por
completo. Quando o mínimo de frustração acontece ou quando algo melhor lhes é
oferecido, eles abandonam o caminho que estão seguindo e partem para outro. O
sentimento de pertencimento não acontece e, no final, o ‘cidadão do mundo’ se
torna cidadão de lugar nenhum, nem de si mesmo. Então este sentimento de
pertencimento é que precisa ser resgatado para que eles se tornem mais
confiantes e satisfeitos com suas ações”, elucida.
Sobre Sátina Pimenta
Sátina
Pimenta é psicóloga clínica, advogada, professora e coordenadora do Curso de
Psicologia da Estácio. Com ampla experiência na área, dedica-se ao estudo e prática
do cuidado com a saúde mental, buscando sempre integrar novas abordagens e
tecnologias para beneficiar seus pacientes e a comunidade em geral.
Sobre a
Estácio
A
Estácio se orgulha de liderar o caminho da inovação educacional no Brasil, com
o compromisso de promover as habilidades e competências necessárias para o
sucesso profissional e o crescimento pessoal de seus mais de 800 mil alunos.
Com mais de 53 anos de experiência acadêmica, a Instituição oferece uma ampla
gama de serviços educacionais em cursos técnicos, de graduação e de extensão,
como pós-graduação, MBA, mestrado e doutorado, além de centenas de opções em
cursos livres de aperfeiçoamento profissional. Reconhecida por sua excelência
acadêmica, a Estácio aposta na tecnologia e na inovação como diferenciais para
aprimorar o aprendizado e possibilitar o acesso democratizado ao ensino de
qualidade. Presente em unidades de ensino em 25 estados e no Distrito Federal e
em mais de dois mil Polos de educação à distância em todo o país, a Estácio possui
um dos mais sólidos e atuantes programas de Responsabilidade Social do setor
educacional, e apoia diversas iniciativas nas áreas de educação, cultura,
esporte e cidadania. Saiba mais em
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