Parceria entre Suzano, Sindicato Rural e Senar
leva qualificação na área de Corte e Costura para mulheres do meio rural
Fotos:
Divulgação
Novos
sonhos estão surgindo para Irene Sousa da Silva, de 73 anos, que acaba de
concluir o curso gratuito de Corte e Costura. A agricultora, que nunca havia
usado uma Máquina de Costura antes, realizou o sonho de infância de
confeccionar as primeiras peças e já faz planos para o futuro. “Por conta do
trabalho na roça, nunca tive a oportunidade de costurar, mas sempre tive
vontade. Esse é o primeiro curso que faço e agora estou querendo levar pra
frente esse conhecimento. Já comprei minha primeira máquina de costura para
continuar praticando em casa”, comemora.
O
curso capacitou mulheres de comunidades rurais, quilombolas e indígenas da
região de Itaúnas, em Conceição da Barra, Norte Capixaba, e foi uma iniciativa
do Sindicato Rural do município, em parceria com o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR) e a Suzano, maior produtora mundial de celulose e
referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do
eucalipto. O encerramento aconteceu no último dia 15 de agosto, em
uma confraternização que reuniu as alunas com representantes das instituições
parceiras.
“A
proposta é levar sustentabilidade para as famílias rurais, uma vez que as
alunas ganham habilidade tanto para costurar as próprias roupas, quanto para a
comercialização, gerando uma nova alternativa de renda. Elas recebem um
certificado válido em todo território nacional e América Latina. Mas essa
qualificação não para por aqui, já estamos providenciando um novo curso de costura,
para que elas possam dar continuidade a capacitação”, explica Marcia Rangel
Mouta Moro, presidente do Sindicato Rural de Conceição da Barra e mobilizadora
do SENAR no município.
O
curso, realizado em duas semanas, com duração de 60 horas, aconteceu nas
dependências da Igreja da Comunidade Santa Isabel. O apoio financeiro da Suzano
possibilitou a aquisição de materiais e matéria-prima para as aulas, além
disso, a empresa também forneceu o transporte, durante todos os dias de curso,
para as alunas das comunidades mais afastadas. A instrutora do Senar, Marta
Agnezi, ressaltou a empolgação e motivação das alunas. “Quando cheguei aqui, vi
no olhar delas a empolgação e vontade de aprender. Como instrutora, é muito
gratificante saber que estou deixando um legado para essas mulheres”, diz.
De
acordo com a analista de Relacionamento Social da Suzano, Gabriela Frinhani
Nico, a empresa apoia diversas iniciativas que visam a geração de renda em
comunidades próximas às operações da empresa. “Estamos empenhados em fomentar
o empreendedorismo feminino, a agricultura familiar e projetos sociais que
transformam a vida da população local, agregando valores e fortalecendo a
produção regional. Temos um diálogo muito próximo e de cooperação com as
comunidades, resultando em apoio a diversas ações e projetos locais”,
completa.
Autodidata com as linhas
A
indígena Josinete Gregório Santana, da Aldeia Jacó Pataxó, em Itaúnas,
encontrou no curso a oportunidade de aperfeiçoar as técnicas que aprendeu
sozinha. Ela faz crochê, ponto cruz, bordado, vagonite e outras técnicas desde
a adolescência.
“Faço
artesanato com costura desde os meus 15 anos, é um dom que acredito que herdei
da minha avó, que era uma excelente costureira. Como trabalhei fora por muito
tempo, nunca consegui levar o artesanato a frente, mas agora quero focar nesse
sonho de viver das minhas peças”, diz ela.
Terapia contra a ansiedade
Para
Priscila Pereira Vieira da Silva, que é moradora do Assentamento Paulo Vinhas,
a relação com a costura é terapêutica. Ela conta que precisou parar de
trabalhar para poder se dedicar aos dois filhos, que são autistas e exigem mais
atenção.
“Como
eu fico muito em casa cuidando das crianças, a costura ajuda a aliviar o
estresse e a ansiedade. Assim como eu, existem muitas mulheres do campo, que
por algum motivo não podem sair para o trabalho na roça, e ter uma atividade
que podemos fazer de casa, é maravilhoso, seja para auxiliar na renda ou para
ocupar o tempo ocioso”, afirma Priscila.
Produção de bolsas
A
artesã Maria Ozimere Pereira, moradora de Itaúnas, trabalha com costura
criativa e produção de bolsas e mochilas há quase quatro anos. As peças
produzidas por ela já representam a maior parte da renda familiar.
“Eu
decidi participar do curso para agregar conhecimento, porque as técnicas
passadas no curso são muito ricas e vão auxiliar nas minhas produções também.
Hoje, 70% da minha renda é proveniente do artesanato. Eu comecei na área após
fazer um curso básico de costura, quando me apaixonei pelo artesanato e decidi
viver da costura”, conta.
Conhecimento para os mais
novos
A
moradora de Itaúnas, Deucilina Santos da Silva, de 71 anos, afirma que sempre
costurou as próprias roupas e para a família e conhecidos. Ela decidiu
participar do curso para aperfeiçoar as técnicas e passar o conhecimento a
diante para as filhas.
“É
bom ensinar os mais novos. Antigamente toda mulher da roça sabia costurar as
próprias roupas, mas esse costume está se perdendo, então eu procuro sempre
ensinar às filhas e netas, e sempre que tem algum curso, eu participo”, diz
Deucilina.
A
aluna mais nova do curso, Nadine Gomes Santos, de 16 anos, moradora do
Assentamento Paulo Vinhas, decidiu participar após incentivo da mãe. “Como a
minha mãe não pode participar, por conta das ocupações na roça, eu vim aprender
para passar o conhecimento para ela também. Nunca costurei na vida e gostei
muito do curso. Quero continuar praticando, porque é algo que podemos fazer
para agregar na renda familiar”, diz.
Sobre a Suzano – A Suzano é a maior produtora
mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e
líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores
práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a
partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na
vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e
incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e
guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e
escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente
necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil
estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e
operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem
mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e
dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br