O evento
homenageou pessoas e instituições que se destacam na defesa dos direitos das
pessoas com deficiência.
O Palácio Anchieta foi tomado pelo movimento apaeano
capixaba na manhã desta quinta-feira (28). Pessoas com deficiência, familiares,
Apaes de todo estado, movimento sociais, parceiros e autoridades se reuniram
para prestigiar e celebrar a 10ª edição do Prêmio Maria Luíza Dadalto,
realizado pela Federação das Apaes do Espírito Santo (Feapaes-ES) em parceria
com o Governo do Estado.
A cerimônia homenageou pessoas e instituições que se
destacam na defesa dos direitos das pessoas com deficiência, especialmente
intelectual, múltipla e autismo, reforçando a luta por uma sociedade mais
inclusiva e justa.
A presidente da Feapaes-ES, Maria das Graças Vimercati, deu
as boas-vindas aos presentes e ressaltou a importância da premiação para o
fortalecimento da inclusão. “Nós atendemos diariamente, em nossas Apaes, mais
de dez mil pessoas com deficiência e suas famílias, e não fazemos nada
sozinhos. A nossa luta é coletiva e comprometida. Hoje estamos aqui para
reconhecer os amigos de caminhada e celebrar a força e a mobilização dos
movimentos sociais, das Apaes e das coirmãs, na construção de uma sociedade
mais justa, respeitosa e acolhedora para todos”, afirmou.
Na categoria Personalidade Pessoa Física, foram homenageados
Eval Galazi, que há quase 20 anos atua voluntariamente como presidente da Apae
Colatina, e Marisa Lucindo de Souza e Souza, que desde 2015 contribui para a
Federação das Associações Pestalozzi do Espírito Santo, atualmente como
vice-presidente, além de integrar a diretoria da Fenapestalozzi.
O Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES)
foi homenageado na categoria Personalidade Pessoa Jurídica e representado pela
procuradora Fernanda Barreto Naves. A instituição atua na fiscalização da
legislação trabalhista, mediação de conflitos, defesa de interesses coletivos e
proteção de grupos como crianças, adolescentes, pessoas com deficiência,
população LGBTQIA+ e povos indígenas. O órgão se destacou pelo desenvolvimento
de projetos inclusivos como MPT em Quadrinhos, Cadef, Reconecta e PCD Legal,
além da campanha Diferenças que Somam e da produção de uma edição acessível do
Código de Defesa do Consumidor (CDC), em parceria com a Feapaes-ES.
O diretor social da Feapaes-ES, Vanderson Gaburo, lembrou
que a premiação encerra a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual
e Múltipla, que neste ano trouxe o tema “Deficiência não define. Oportunidade
transforma. Inclua nossa voz!”. “Esse tema nos traz reflexões importantes, como
o fim dos rótulos e estigmas. A deficiência não define ninguém. O olhar para a
pessoa com deficiência precisa estar voltado para suas potencialidades e para a
sua história. Precisamos dar voz e vez a essas pessoas”, afirmou.
Durante a solenidade, a Secretaria da Ciência, Tecnologia,
Inovação e Educação Profissional do Governo do Estado firmou uma importante
parceria com a Feapaes-ES, por meio do programa Formação Avançada, voltada aos
profissionais das Apaes e da coirmã Vitória Down. O programa oferece cursos
para o desenvolvimento e aprimoramento de competências para o mercado de
trabalho e a união das instituições tem como foco o fortalecimento do Programa
Apae Qualifica para formação e profissionalização das organizações que atuam na
defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
A manhã festiva contou ainda com a animação da banda
Fanfacongo da Apae Cariacica, que trouxe sua mistura de ritmos ao evento,
entoando canções folclóricas e populares do congo, fanfarra, maracatu e
capoeira.
Sobre o prêmio
Criado em 2014, o Prêmio Maria Luíza Dadalto homenageia a
professora Maria Luíza Dadalto, conhecida carinhosamente como Maísa, referência
histórica do movimento apaeano. Ao longo de 56 anos de dedicação, ela
participou da criação de diversas Apaes no Espírito Santo e da fundação da
Feapaes-ES. Hoje aposentada, sua trajetória segue inspirando gerações,
eternizada nesta homenagem anual.
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Sobre a
Feapaes-ES
A Federação das
Apaes do Espírito Santo
(Feapaes-ES) atua desde 1992 no fortalecimento das Apaes no estado. Formada por
41 instituições, sendo 40 Apaes capixabas e a Vitória Down, a instituição trabalha em propostas e projetos que visam a
garantia dos direitos, promoção da cidadania, políticas de assistência social, saúde e educação, assessorando, formando e
capacitando profissionais que atuam nessas unidades.
Desde 1965 as
Apaes estão ativas no Espírito
Santo e atualmente atendem mais de 10 mil pessoas com deficiência intelectual e múltipla, empregando direta e indiretamente,
aproximadamente 2.500 profissionais das áreas da assistência
social, saúde e educação.