Patrocinado pelo Instituto Votorantim e executado pela instituição Pare, livro conta a história da Banda de Congo São Benedito do Rosário, de Aracruz, uma das mais antigas do Brasil

A história do congo de Vila do Riacho, em Aracruz, é uma das mais ricas e antigas do país. Foi nesta comunidade que foi fundada em 1798 a Banda de Congo São Benedito do Rosário, considerada a primeira do Brasil. Para registrar essa memória e torná-la conhecida pelas futuras gerações, a trajetória deste grupo foi pesquisada e detalhada em um livro, que será lançado neste domingo (16) em um grande evento na Vila do Riacho. O livro “Banda de Congo São Benedito do Rosário: Uma história cheia de histórias”, teve a pesquisa e texto realizada por Alexandre Perim, com o patrocínio do Instituto Votorantim, representado no Espírito Santo pela Fibria.

O lançamento reunirá cinco bandas de congo de todo o Estado, grupo de capoeira, banda marcial e teatro. A programação começa às 10h30 com a recepção aos grupos participantes na Casa da Dona Astrogilda, seguida de cortejo cultural a partir das 13 horas pela Avenida São Benedito até a Igreja Católica de São Benedito.

O lançamento do livro, será às 14 horas, no Clube Riachão, e contará com um momento de autógrafos, seguido por congada e derrubada do mastro. Segundo a consultora de Sustentabilidade da Fibria, Sandra Oliveira, o livro faz parte de um projeto maior patrocinado pelo Instituto Votorantim, denominado Congo na Vila, que contará ainda com oficinas para fortalecer a história do congo nas escolas da Vila do Riacho e de fabricação de instrumentos junto à comunidade local.

“A proposta de apoiar o livro surgiu a partir de um diagnóstico realizado pela Fibria em Vila do Riacho em 2017, que identificou a importância do resgate da identidade e história do Congo e, consequentemente, sua valorização em Vila do Riacho. A partir de agora, a proposta é difundir esta história para outras regiões”, afirma Sandra.

O congo

O congo é um dos muitos conjuntos de dança, música e manifestações folclóricas existentes no Brasil. Alguns dizem que o Congado nasceu na África, no país do Congo, inspirado nos antigos cortejos aos Reis Congos, como uma expressão de agradecimento do povo aos seus governantes.

Foi trazido para o Brasil pelos negros que vieram como escravos. No Brasil, o Congo sofreu uma interferência cultural dos índios que viviam junto com os negros como escravos. Outros dizem que a herança teria vindo de um Banda primitiva de Congo dos índios Mutuns. Com o tempo, as bandas foram alterando seus aspectos indígenas, desaparecendo o nome “guarará”, substituído por Congo ou Tambor. Por isso, o conjunto passou a ser chamado de Banda de Congo, expressão que lembra a Velha África.

A versão mais defendida, sugere que tudo começou com a convivência de negros e índios nas senzalas e segue a linha sugerida pelo sociólogo Gilberto Freyre, de unir a espontaneidade de emoção e movimentos dos negros aos rituais compassados das cerimônias indígenas. Não existem documentos que comprovem oficialmente nenhuma dessas versões, portanto, toda a história é baseada nos depoimentos e ensinamentos que vêm passando de geração em geração.

Sobre a Fibria

Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos a partir da floresta plantada. Com capacidade produtiva de 7,25 milhões de toneladas de celulose por ano, a companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso. A companhia possui 1,092 milhão de hectares de florestas, sendo 656 mil hectares de florestas plantadas, 374 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental e 61 mil hectares destinados a outros usos. A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 35 países e matéria-prima para produtos de educação, saúde, higiene e limpeza. Saiba mais em www.fibria.com.br